terça-feira, 28 de abril de 2009

Mais do mesmo...

Hoje eu tenho que levar o S. para a primeira vacinação. Vai me cortar o coração muito mais do que vai doer nele, mas é um 'mau' necessário. Eu só espero que ele não passe mal (febre) ou fique doente por causa da vacina.

E semana que vem o S. também vai começar na creche. Vamos levá-lo por umas horas para ele começar a se acostumar aos poucos para quando eu voltar a trabalhar daqui à 2 semanas e meia, ele não estranhe tanto. Aproveitarei essas horas de folga e irei fazer alguma coisa pra mim mesma, vou ao cabeleleiro, fazer compras, renovar a minha carteira de motorista e sei lá mais o quê. O fato é que não quero deixá-lo lá nas primeiras vezes e voltar pra casa com a casa "vazia".
É estranho como a gente se acostuma tão rápido com o filho que não quer ou consegue imaginar a casa sem eles...

Enquanto isso não acontece, eu ando curtindo muito o meu filho. Ele é mesmo uma fofura e eu não posso reclamar de nada. Ultimamente só chora se for por fome e de noite ele só anda acordando uma vez. Ele dorme direto por volta das 20hrs até umas 3:00 - 3:30hr da manhã. Ganha a mamadeira, põe-se uma fralda limpa e ele dorme pelo menos até às 7hr ou 8hrs da manhã. Nada mal.
De fato, eu não sei se dei sorte ou se fiz alguma coisa boa na minha vida passada para merecer tudo o que eu tenho, mas seja como for, eu sou muito agradecida. Agradecida pelo fato de ter um filho saudável, um marido que se realizou como pai, saúde de todos os lados, além das minhas irmãs, minha mãe e os meus sobrinhos morarem tão perto. Fora as minhas conquistas profissionais, pessoais e materiais.

Por tudo isso e muito mais, eu agradeço...

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Da série: manteiga derretida


Meu marido com o nosso filho e nossa sobrinha Fê.

Sério, o corte da cesárea mal secou e o meu marido já está pensando no segundo...

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Da série: das coisas do dia-à-dia

É, de fato, a minha coluna está indo pro beleléu!
Dei baixa ontem no "huisarts" depois de ter passado mal na quarta-feira. Sentía dores no corpo todo, acordei com dor-de-cabeça, dores de estômago, os olhos ardendo e as minhas costas aos pandarecos. Cheguei até a ter febre, mas foi algo muito estranho, por que pensei que fosse ser uma gripe das brabas, mas tudo passou em 24hrs. Só me restaram as dores nas costas.

Essas continuam, mas em grau menos elevado. Já fazem 9 semanas que estou com essas dores naquele chove e não molha. Fiquei com receio que pudesse ser alguma consequência da Peridural, por que eu tive a dosagem máxima e só pegou no lado direito do meu corpo. Sei lá, talvez eles tivessem acertado algum nervo durante a aplicação da anestesia? Eu sinto como se tivesse algo preso na minha coluna e com um tijolo pesado em cima, mas de acordo com a minha médica, as minhas dores são em consequência do pêso dos meus seios e também dos cuidados do meu filho. Quer queira, quer não, o meu piá já está por volta dos 5 1/2 quilos e é aquele sobe e desce escadas, põe e tira do box (chiqueirinho)ou da caminha, coloca pra arrotar, carrega de um lado pro outro, isso tudo acaba virando uma ginástica 24hrs por dia.

No final das contas, de acordo com a médica, eu preciso fazer umas sessões de fisioterapia ou massagens para soltar as costas de novo e aliviar a dor. Terei que fazer as sessões de noite enquanto Amore fica com o S. Vamos ver no que vai dar!...

E hoje, pela primeira vez desde que entrei de licença, eu tive vontade de estar de volta ao meu emprego. Sei que vou me arrepender de dizer isso depois, por que quando eu voltar a trabalhar vai ser um verdadeiro caos combinar emprego, casa, filho, marido e creche. Mas, o serviço doméstico enjoa e não dá gratificação nenhuma, ou então, de pouca duração, já que um banheiro limpo ou uma roupa bem passada não duram muito tempo para mudarem de estado de novo. Além disso, não é pago, não tem bônus, não tem férias, não tem direito a nada, é cansativo e não é valorizado. Claro, que quando eu voltar a trabalhar, as tarefas domésticas continuarão e serão feitas nas horas de folga, mas pelo menos não será mais a minha função diária!
E sim, cuidar do meu filho é legal e dele eu sentirei falta quando voltar a trabalhar, além das nossas caminhadas e de curtir o solzinho, mas falando sério, do resto? Ah, mas não vou mesmo!...

terça-feira, 21 de abril de 2009

Inspiração culinária

De todas as atividades caseiras, a que eu sempre gostei, foi cozinhar. Se eu tenho todos os ingredientes em casa e estou inspirada, eu até invento novos pratos. Muitas vezes baseados em algo que eu comí num restaurante ou ví em algum livro de receitas, mas, na regra geral, é raridade eu seguir uma receita ao pé-da-letra sem dar o meu toque pessoal.

Semana passada eu fui no mercado Turco e eles estavam vendendo uns champignons (cogumelos) grandes e bonitos. Resolví experimentar. Num restaurante que eu fui eu comí uma vez cogumelos recheados com "old kaas" (um queijo Holandês "velho" e forte) e estava uma delícia. Como eu não tinha "old kaas" eu resolví recheá-los com que queijo "feta" (queijo de cabra). Coloquei um pouco de sal, pimenta, basílico, cheiro-verde picados e manteiga e coloquei para assá-los grelhá-los no forno. Para completar, eu tinha ainda um alho-pôro sobrando na geladeira. Cortei em pedaços, temperei e ralei queijo Parmesan em cima e foi junto pro forno. O resultado foi de lamber a vasilha! Foi super-fácil e rápido de fazer e já deu vontade de fazer outra vez!...




Acredito que uma das coisas que meu marido mais sentirá falta quando eu voltar a trabalhar, é ter sempre a variação de pratos e o jantar pronto quando ele chega em casa... :p

sexta-feira, 17 de abril de 2009

A crise até nos sonhos...

Essa noite eu sonhei que tinha sido demitida por causa da crise. A notícia tinha sido inesperada, por que eu havia recebido aumento de salário dias antes, tinha ótimas avaliações e era uma das consultoras mais experientes na minha área dentro da empresa e que já tinha pouca gente. Além disso, eu não acreditava que eu era uma das últimas pessoas a serem contratadas, por que eu já trabalho na empresa há quase 2 anos e meio, mas foi esse critério que me colocou a corda no pescoço. Apesar da notícia bomba e achar que eu tinha falhado em algum lugar, as condições de demissão eram boas: 6 mêses de salário + 1 mês de salário por cada ano trabalhado na empresa, ou seja, durante 8 mêses eu teria salário garantido e teria mais tempo para curtir o S. e para achar outro emprego...

Acho que sonhei isso por que a minha amiga Marijke com que eu fiz a minha tése de formatura e também trabalha em outro divisão na mesma empresa, recebeu a notícia de demissão de verdade. Ela trabalha na área de comunicação interna e como essa área não faz parte das atividades centrais e básicas da empresa, quase todo mundo foi cortado do departamento dela. E para completar, ela e os outros que foram cortados não trabalham muito tempo na empresa, algo de 1 ano, então é mais barato para a empresa cortar essas pessoas primeiro... Pelo menos as condições de demissão são boas. São as mesmas do meu sonho: 6 mêses de salário e depois 1 mês de salário por cada ano na empresa. Além disso, a empresa ainda se compromete em ajudá-la a achar outro emprego, mas nesse aspecto é sempre mais difícil ajudar e por isso, a ajuda se resume muitas vêzes numa simples carta de recomendação.

Por enquanto não houve nenhum corte no meu setor. Apesar que boa parte dos projetos foram colocados em "on hold", de acordo com o meu gerente não falta trabalho para quando eu voltar e por enquanto, ninguém do meu setor parece estar correndo o risco de perder o emprego. Assim espero!...

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Segundo dilema...

Sobre as férias
É meio complicado falar de férias com essa crise lá fora, mas eu vou falar...
O que se nota nas pesquisas é que com a crise, a maioria dos europeus escolheu passar férias na própria Europa, muitos no próprio país. Já deu pra notar que as opções "boas e baratas" já se foram, sorte nossa é que vamos na época de baixa estação e eu ainda estou conseguindo algumas boas opções.

Nós vamos esse ano de carro para a França e levaremos também nossas mães. Como arcaremos com as contas, eu tenho que pesquisar bastante para conseguir as melhores opções e pagáveis. Além disso, eu tenho que pensar nos lugares que são mais prático para ficar com um bebê de 7 mêses. Na minha opinião, como já estamos levando uma caminha, o que eu tenho que me preocupar é com as possibilidades de preparar a comida do S. Eu sei que em muitos restaurantes eles quebram o galho e esquentam o potinho no microondas se for preciso, mas eu não acho que seja legal jantar fora todas as noites com um bebê. Por isso, eu procurei por opções de hospedagem que ofereçam pelo menos a possibilidade de usar um microondas ou que tenha uma kitnete. Não tenho planos de passar as minhas férias cozinhando, mas para tomar o café da manhã e para preparar as papinhas do S. é bem mais fácil se eu tiver essas facilidades por perto. Dos 3 lugares que ficaremos, eu já consegui 2 ótimas opções de estadia. Um é um apto com 2 quartos e kitnete em Sarlat e o outro é um Bed&Breakfast em Carcassonne que também oferece uma sala com microondas para os hóspedes. Todos as 2 opções estão com ótimas recomendações no Tripadvisor e são pagáveis. Agora falta achar um lugar no Vale do Loire. Esse está sendo mais complicado para achar um lugar que passe em todos os meus quesitos e exigências:
- Bom (entenda-se: limpo, agradável, boa localização, boas recomendações),
- Preço acessível
- e Facilidades como microondas ou kitnete disponível.

Eu até que achei umas hospedagens divinas no Vale, mas sempre barra em algum dos critérios, geralmente, nas facilidades para quem tem bebê (e na relação preço). E aí eu fico na dúvida!

Será que eu estou levando de mais em conta ou de menos?! Quem já viajou de carro com bebê de 7 meses, me diga aí tudo o que se é preciso!?...

Algumas das atrações da nossa rota:

Vale do Loire também conhecido como Vale dos Castelos



Acima: Chambord - o maior de todos e "desenhado" por Leonardo DaVinci




Castelo de Chenonceaux - escolhido como mais bonito e romântico. Também conhecido como o "Castelo das Damas"

Depois seguiremos para Sarlat - um cidadezinha medieval.




E "Last, but not least" - mais um lugar para se riscar da minha lista de "lugares que quero visitar...": a cidade medieval de Carcassonne





ps: para ampliar as fotos, basta clicar nelas.

Primeiro dilema...

Sobre a amamentação
Faltam 4 semanas para eu voltar ao trabalho. De acordo com recomendações, se eu não quiser ficar tirando leite no trabalho, eu tenho que começar agora a 'desmamar' o S. para diminuir a produção do leite. Isso quer dizer: substituir uma mamada do dia por leite de fórmula por quase uma semana e a cada semana a seguir substituir mais uma mamada até a última.
No momento eu ando com a consciência meio-pesada por causa disso por 3 grandes motivos.
Primeiramente por que todo mundo sabe e está careca de saber que o leite materno é melhor do que o de fórmula e me parece um disperdício não usá-lo, ainda mais quando se tem mais do que o suficiente. Eu tenho uma super-produção, tanto que, por enquanto, eu consigo diminuir uma mamada, mas sem precisar substituir por leite de fórmula, por que todas as manhãs eu consigo tirar leite para umas duas mamadas.
Segundo por que, como todo mundo também deve saber, amamentar (nem que seja ordenhar como eu faço) diminue as chances de câncer da mama (um dos meus pavores!) e terceiro por que, amamentar tem sido a "dieta" mais eficaz para eu emagrecer! Como de tudo e continuo emagrecendo! Para ser bem sincera, estou com medo de parar de amamentar e voltar a engordar rapidamente...

E com esses motivos em mente, eu fico pensando no que fazer... De acordo com a lei Holandesa, eu tenho direito no trabalho de ter pausas para ordenhar, assim como, o meu "chefe" deve providenciar um lugar para que eu possa tirar leite. Mas sinceramente? Mesmo com esses direitos estabelecidos por lei, eu não me sentiria à vontade tirando leite numa sala de escritório, correndo o risco de entrarem sem querer e ficar uma situação meio que constrangedora, ainda mais por que, como eu já disse antes, no meu setor de TI, a maior parte dos meus colegas são homens. Já imaginou eu lá ocupada com a minha "produção" e o meu gerente entra na sala?! Ou então, ter que sair de uma reunião importante ou não poder ir, por que eu tenho que tirar leite?
De fato, eu não me vejo à vontade nessa situação.

O que eu estou pensando em tentar é: tirar leite de manhã antes de ir para o trabalho e de noite antes de ir para cama.
Infelizmente eu acho que a minha solução fará que a minha produção de leite se encerre rapidamente, o que por um lado eu sinto que seja uma pena e pelo outro, eu consigo mais liberdade' de novo por não ter que estar me preocupando com a próxima 'pausa'...

terça-feira, 14 de abril de 2009

Vida boa... parte 2

Já diria o Master Yoda: É tudo uma questão de equilíbrio e concentração...(e muita banha!)



Meu Yoda assistindo tv no meu colo.


Falem sério, meus gatos não são normais!

quinta-feira, 9 de abril de 2009

A nova família, a nova vida...

Quem pensa que quem tem bebê pequeno tem tempo sobrando, se ilude. E quando sobra tempo, a gente não sabe o que faz, se vai dormir, dar uma caminhada, assistir um pouco de tv, ler um livro, surfar na internet... S., Graças à Deus, é um bebê saudável e os cuidados dele são comuns como o de qualquer bebê. Ele vai dormir por volta das 20hrs, acorda pra comer entre meia-noite e 1hr da manhã, depois entre 5 e 6 da manhã, 8 e 9, 11 e meio-dia, à 15hrs e 18:00hrs. Ou seja, são 6 à 7 mamadas por dia. E cada vez eu tenho que tirar leite para a próxima mamada.
Na média cada mamada e cada vez que eu tiro leite dura meia-hora. Somando as duas atividades é uma hora, vezes 6 ou 7 vêzes e aí já deu para dar uma idéia de quanto tempo isso toma das 24hrs diárias. Ainda tem também a troca de fraldas (10 à 15 min.), o banho, o tempo de "brincar" com ele e o consôlo. Ainda bem que de noite, depois da mamadeira e da troca de fraldas, ele não chora mais quando a gente coloca ele na cama pra dormir! No início ele chorava, mas agora ele pode até estar acordado, mas fica "falando" sozinho até dormir de novo.

E durante os intervalos dos cuidados do S., ainda tem os trabalhos domésticos.
Não consigo nem imaginar como seria a vida cotidiana se o S. tivesse algum problema como, por exemplo, a filha da Paca que sofre de refluxo. Deve ser um desgaste descomunal! Ela, no caso, tem a ajuda da mãe e nós recusamos qualquer ajuda. Acredito seriamente que se tívessemos uma de nossas mães para ajudar, que acabaria atrapalhando na nossa relação de uma maneira ou de outra.

Amore já teve problemas com a "Kraamverzorgster" (assistente após parto), que vinha aqui em casa cuidar de mim, do bebê e da "casa" enquanto eu me recuperava do parto. Ela lavava e passava a roupa todos os dias, também passava aspirador de pó e trocava as roupas de cama. Amore disse que se sentia um estranho em sua própria casa. Ele mesmo prefere fazer essas tarefas do que ter alguém que faça por nós. Ele é, provavelmente, o único homem do mundo que se recusaria ter uma empregada por que prefere fazer ele mesmo as tarefas domésticas!... Sem falar que, depois das primeiras dicas sobre os cuidados com o bebê, é bom para o pai cuidar do bebê para ele criar o laço com o filho. Se a minha mãe ou a mãe dele fossem fazer isso por ele, eu acho que ele não iria gostar. Ficaria infeliz e com o tempo, até inseguro.

Por mais que eu esteja em casa e ele já tenha voltado a trabalhar, ele levanta também de noite para cuidar do filho e eu levanto na segunda vez. Às vezes, um de nós dois faz as duas rodadas para que o outro possa ter uma noite inteira de descanso. Amore geralmente me dá uma folga no fim de semana (melhor presente que uma noite bem dormida é quase impossível quando se tem bebê!) e eu pego, durante a semana. É cansativo? É, super!. Ainda não sei como vai ser quando eu voltar a trabalhar daqui a algumas semanas. Eu torço para que o nosso filho aprenda logo a dormir a noite inteira. Rezamos!...

terça-feira, 7 de abril de 2009

Pai

Hoje é uma data que eu não deixo passar no esquecimento. Fazem 9 anos que meu pai desencarnou.
É uma data que eu sempre faço um desabafo e uma prece com um pedido de paz e tranquilidade...

Pai,
Já se fazem 9 anos...
Espero que o Sr. soube perdoar seu pai e a sí mesmo. Pela falta de amor e carinho do seu pai por prendê-lo à base de pão e água no porão sem se importar com as suas súplicas e contra a vontade de sua submissa mãe, mas também pelo pai que o Sr. poderia ter sido e não foi... O tempo passou e curou a (nossa) dor.
*
*
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Sabia que durante o meu parto, quando me preparavam para a anestesia generalizada, eu pensei que talvez tivesse chego a hora de que íamos conversar e o Sr. responderia a minha eterna pergunta do que o Sr. falou naquele leito de hospital e que não conseguíamos entender? Infelizmente, foi pura ilusão minha. Até hoje eu não obtí as respostas.
*
*
Já nasceram mais 7 netos desde sua partida. Em total são agora 8. Todos lindos e saudáveis. Não sei se do lado de lá, o Sr já pode ver as nossas benções do lado de cá, mas saiba que as boas memórias e boas virtudes serão sempre passadas adiantes.
Bjs e descanse em paz.
Sua filha

sexta-feira, 3 de abril de 2009

A realidade de cada um...

Estava lendo o blog da Drica (http://nesce.blogspot.com/) sobre as reações de Brasileiros que pedem conselhos para blogueiros e orkuteiros de como ir para tal país.

Quando um blogueiro (eu já fiz isso várias vezes) diz que é barra, parece que ninguém acredita, por que vivem lendo na maioria dos blogs sobre a vida glamourosa que levamos: as viagens, compra de casa, ida a mega-concertos, salário em euros, bens como carro, bicicleta, gato, cachorro, papagaio multi-linguístico com pedigree e assim vai...
Parece que eles pensam que nós não temos problemas, que somos ímunes a isso. Muitos pensam assim por que não falamos dos nossos problemas ou coisas ruíns que passamos no blog. Eu confesso e reconheço, que sou uma dessas pessoas que, por não falar dos meus problemas, acabo pintando um mundo maravilhoso e positivo no meu blog.

Outro dia, numa troca de idéias, outra blogueira falou que alguns blogueiros esbajam algo no blog que não é a realidade para a grande maioria das pessoas. No caso em particular, ela se referia a uma pessoa rica enquanto a maioria dos leitores são classe média ou pobre, mas a verdade é que, todos os blogueiros que eu conheço (e não conheço), ricos ou pobres, não colocam tudo no blog (e nem aconselharia a fazer isso). Uns querem mesmo passar uma imagem ilusiva de uma vida de sonhos, outros não falam por questões privadas. Mas a verdade é que, independente de quanto alguém tem na conta bancária, problemas todo mundo tem.

Quem não conhece um caso de alcólatra na família? Um drogado, um parente que passou o calote nós próprios pais, briga por herança, o outro que traiu a mulher (ou o marido), ou aquele que está sempre com dívidas e vive pedindo dinheiro emprestado, problemas no emprego, sem falar naqueles que tem problemas de saúde?
Sério, alguém aqui conhece alguém ou alguma família que não tenha nenhum desses problemas independente do país que você mora e da conta bancária?

Pois então, nada é realmente tudo aquilo que você lê ou vê. Assim como a Drica falou, eu também já (ou)ví xingamentos de que eu sou metida, exibida e sei-lá-mais-o-quê na minha cara ou pelas minhas costas por causa dos meus conselhos ou algo que eu disse no blog. Mas vejam lá, eu falo sim das minhas conquistas, coisas que me fazem felizes sejam essas as coisas mais simples e pequenas do dia-à-dia (uma letra de música que me emocionou) como dos sonhos alcançados que pareciam impossíveis (viagem para Nova Zelândia, Polinésia e Nova Iorque), mas quem me acompanha há bastante tempo, já leu alguns dos meus posts falando sobre os trabalhos que eu já fiz (babá & cozinheira, limpeza de escritório, de hospital, de hotel, fui camareira, trabalhei na horta limpando vagem e fui garçonete), que cheguei a ter 4 empregos ao mesmo tempo e trabalhava 7 dias por semana, já pegava no batente às 5hrs da manhã, e ainda estudava no colégio Holandês para tirar os mesmos diplomas que eu já tinha no Brasil, mas que tinha sido rebaixados, que me esforcei ao máximo para aprender bem o Holandês e paguei os meus estudos, livros, carteira de motorista, bens materiais (tv, cd-player, cama, etc..), conta de telefone e ainda ajudava financeiramente a minha mãe em casa e não tinha dívidas, que durante os primeiros 11 anos aqui, foram pouquíssimas às vezes que eu saí de férias por que não sobrava grana. Tirei todos os diplomas necessários, trabalhei à finco em todos os meus empregos (mesmo que aloprando), montei meu currículo e economizei sempre que pude. Todas as minhas conquistas foram pagas do meu bolso e do meu próprio esforço, ninguém me deu de graça. Até mesmo as reformas em casa foram feitas com economias minhas e do meu marido, mas temos sim a dívida da hipoteca que continuaremos pagando por quase 30 anos...
Agora, falem sério, ficar contando a minha história todas às vezes que eu faço algo legal também enjôa! Fica parecendo que eu tenho que ficar me justificando pelas minhas conquistas como se eu tivesse alguma culpa no cartório ou tivesse que ter vergonha de algo que fiz, sendo que eu não roubei e não matei ninguém.

E ficar falando dos meus problemas particulares e me queixando também não é o meu estilo. Primeiro por que sempre envolve outras pessoas e por respeito, eu não vou ficar falando do problemas deles aqui. Segundo por que eu acho que não tenho o direito e tenho vergonha de reclamar. Primeiro por que eu tenho quase toda a minha família aqui ao meu lado, coisa que 99% dos Brasileiros que vêm pra cá não têm e segundo, por uma questão de educação: A minha vó sobreviveu 2 guerras mundiais, onde ela perdeu a irmã na primeira guerra e na segunda ela passou sozinha cuidando de 2 crianças enquanto o marido tinha sido capturado pelos Alemães e ela não sabia se estava vivo ou morto. Superou um aborto, uma imigração para o Brasil, a fome, morreu de cancêr de pâncreas que é super-doloroso e nunca reclamou de nenhuma dor física ou psicológica, como é que EU vou ter coragem de reclamar algo da minha vida??? Simplesmente, não dá!

Então, refletindo sobre o que a colega blogueira falou, certos blogs não demonstram a realidade que é para a maioria das pessoas, mesmo eu não sendo rica, eu acho que ela tem razão e o conteúdo do meu blog não serve como fonte de informação para quem quer vir para cá.

Enfim, se você quer conselhos e informação de como vir para a Holanda, em vez de pedir para blogueiros ou orkuteiros, visite o site do consulado ou peça maiores informações lá, já que eles estão lá pra isso. E boa sorte!

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Da série: curtindo a vida (adoidada)


Il Divo: Da esq. para a dir: David (Americano) Urs (Suiço- morou em Amsterdam e fala fluentemente o Holandês), Sebastien, o que está ao meu lado é o Francês- confesso, o meu favorito) e Carlos (Espanhol)

As fotografias foram batidas por um fotografo profissional presente. Nós não podíamos bater fotos com as nossas câmeras. Depois recebemos as fotos digitais num USB- memory stick.

Detalhes:
- TODOS eles são bonitos meeeessssmos! Não tem nada de Fotoshop (só maquiagem!).
- O concerto foi o melhor das 3 turnês, praticamente só as melhores músicas e nós estavamos na primeira fila!
- No final das contas, valeu tudo à pena e a minha mãe gostou!
- E eu estou feliz, por que 6 semanas após a cesareana, eu até que não estou mal na foto. Ficarei melhor quando eu perder mais uns quilos... ;)

Ps: para ver melhor as fotos, basta clicá-las

De tudo e mais um pouco...

- Parece que a primavera finalmente chegou na Holanda. Os dias dessa semana estão sendo lindos e a previsão para o findi é de 20 graus e bastante sol! Amém!

- Estou aproveitando o tempo bom para passear com o S. Ele sempre dorme no carrinho, mas bastou passar pela porta de casa e entrar, e o pequerrucho acorda e com uma senhora "broca" (entenda-se: fome no dialeto do interior do Pará).

- E por falar no pequerrucho... ele está crescendo bem e ficando mais lindo a cada dia que passa. Pena que ele pegou o meu resfriado/gripe ou vice-versa, mas isso é inevitável com o nosso contato. Pelo menos ele continua com uma fome desenfreada, o que nesses casos, é um bom sinal.

- E hoje é o show do Il Divo. Comprei ingressos especiais para mim e minha mãe que dão direito a conhecê-los pessoalmente e bater fotos com eles. Os ingressos foram uma facada, nem perguntem o preço, mas é a minha maneira de mimar a minha mãe. Se bem que, agora eu não sei mais se foi uma boa idéia comprar os ingressos especiais, por que nós duas somos tímidas e sinceramente, o que se diz numa hora dessas? Num encontro desses?... Sério, fala-se o quê pra eles? Pergunta-se o quê? E agir como fãs descabeladas e tietes, nós também não vamos, por que não somos! Então, de fato, eu acho que nós vamos é ficar caladas!... haha!

- E mundando radicalmente de assunto. Recebí um e-mail de um recruta me oferecendo um emprego. Tamanha a crise e sabe-se lá o que ainda vai acontecer, é bom saber que ainda existem propostas para mim no mercado. Mas, por enquanto, eu vou ficar no meu cantinho quietinha lá na empresa.
Meus colegas já andaram perguntando quando eu volto a trabalhar. Dizem que trabalho não falta. (Ainda bem!)... Por enquanto, eu não estou pensando no que está me esperando quando voltar. Faltam ainda 6 semanas e no momento, o que me interessa é o dia-à-dia...
Acho que finalmente estou deixando de ser uma "perua-de-Natal-que-morre-de-véspera"... A Bia estaria orgulhosa de mim! ;)

Fui!