terça-feira, 14 de outubro de 2008

Rodos

Ainda estava devendo, à pedido de algumas pessoas, as dicas de viagem sobre Rodos. Então aqui vai um resumo da minha experiência.

Geral
Nossas férias em Rodos foram de 8 dias num hotel all-in 4 estrelas em Kalithea. Paguei uma promoção que incluía a estadia no hotel, 24hrs comida & bebida (alcóolica tb, mas nem eu e nem Amore bebemos), os bilhetes de avião (Arkefly) e o “transfer” do aeroporto p/ hotel e hotel p/ aeroporto.
Fomos no final de setembro e voltamos no início de outubro. A temperatura em média estava entre 23 à 27 graus.

Rodos – a ilha em sí.
Tem 78 km de comprimento e uns 34 km de largura. As duas grandes atrações da ilha são Cidade-de-Rodos, a “capital” da ilha, também conhecida como a cidade medieval protegida pela Unesco e cidadezinha pitoresca (e extremamente turistica!) de Lindos – famosa por suas casinhas brancas e uma das Acrópolis a.c. mais bem “preservadas”. O resto da ilha tem outras cidades minúsculas e paisagens que variam entre o marron/laranja de rochas & secura e o verde de pinheiros.
Na regra geral a impressão que eu tive é de uma ilha de paisagem seca, rochosa, enquanto eu mesma prefiro uma ilha mais “verde” (como Madeira). Fora isso, há muitos prédios abandonados e outros tantos em construção.

Nós alugamos um carro em promoção por 3 dias (deu uns 116€ com tanque cheio e todos os seguros incluídos) e em 2 dias nós já tínhamos visto a ilha toda.
No final das contas, eu só achei que a cidade medieval e Lindos realmente valeram à pena. Também é legal visitar as cidadezinhas pitorescas com ruelas estreitas e engraçadinhas, mas em menos de 15 min. nelas e vc já viu tudo de tão pequenas que são.
Oito dias em Rodos são maaaais do que suficiente para descansar, fazer passeios e curtir a praia & piscina na minha opinião.

Hotel – Kalithea Horizon Royal - categoria 4 estrelas
Localização: Kalithea fica uns 6 ou 7 kms da Cidade-de-Rodos. O ônibus passava na frente do hotel e por 2 euros p.p você pode ir para a cidade e descer no final da linha que fica bem no centro da cidade.

A infrastrutura do hotel é bastante recente. Não ví nenhum defeito ou coisas quebradas. E o nosso quarto era bastante espaçoso, com varanda e vista pro mar. Tinha várias piscinas e com bastante cadeiras para todos os hóspedes. Como fomos fora da estação alta, notamos que a maioria dos visitantes eram da 3ª geração e com pouquíssimas crianças (umas 6?!).
Acredito que uns 65% dos hóspedes eram alemães, 20% Holandeses & Belgas e 15% Russos e outras nacionalidades.
Tinha 2 restaurantes: um buffet e um à la carte, mas para esse último eles pediam reserva e que vc fosse bem vestido (homens de patalon e nada de tênis). Como eu e Amore não tínhamos paciência pra isso, fomos sempre no buffet.
O buffet era preparado numa cozinha aberta e à vista de todos o que pra mim sempre foi uma boa indicação de qualidade. Pena é que o jantar era muito adaptado para o gosto “norte europeu” – ou seja, verduras (de freezer!) que vc nunca encontraria na Grécia como por exemplo: couve de bruxelas. Sem falar que tinha pouco tempero (sal) e a comida perdia a graça. O melhor jantar foi na sexta: noite Grega! Era todos os pratos típicos gregos e era um mais gostoso do que o outro! E ainda tinha gambas grelhadas!
Mas, na regra geral, entre o almoço e o jantar, eu preferia o almoço, por que eles sempre tinham pratos gregos típicos como “Moussaka” (parece uma lasagna só que com batata, carne moída e beringela. Uma delícia!!!).

De resto no hotel tinha um lugar para diversão com tênis de mesa, sinuca e mais uns 2 jogos de passatempo. Às 20:30hr tinha uma mini-disco pras crianças e o pessoal do hotel divertiam as crianças. E todas às noites tinha uma apresentação, mas eu confesso que nem eu, nem Amore não tínhamos vontade de assistir (tinham até uma imitação de Celine Dion!). Nós preferíamos mesmo jogar tênis de mesa e relaxar fazendo caminhadas ou curtindo a paisagem.

Na regra geral, pelo preço que pagamos o hotel estava acima da média, mas tinha uns detalhes negativos que eles poderiam melhorar facilmente. Esses eram:
- às 7hrs da manhã passava todos os dias um caminhãozinho do hotel de prédio em prédio (eram vários em um terreno bastante amplo) pra JOGAR sacos de roupas limpas para as camareiras começarem a trabalhar! Do quarto se ouvia tanto o barulho (estrondoso!) do caminhão, quanto os barulhos dos sacos sendo jogados! (E eu detesto barulho de saco!!!)
- Entre 8hr – 8:30 hrs as camareiras apareciam nos corredores e falavam alto, riam e muitas vezes gritavam para as outras camareiras no outro andar! Isso acontecia toooooodas as manhãs mesmo depois das queixas feitas! Ou seja, era impossível um hóspede dormir até mais tarde!
- O café da manhã era até as 10hrs, inclusive no fim de semana. Em quase todos os hoteis que eu fiquei era sempre até mais tarde...
- O hotel ficava perto da Cidade-de-Rodos, mas continuava sendo no “middle-of-nowhere”. Eu escolhí o lugar justamente pela calma (e pra não ter que ouvir outros turistas bêbados saindo das baladas altas horas da madrugada e rindo & gritando pra todo mundo ouvir), no entanto, o hotel oferece poucas opções de diversão ou ocupação. A piscina, sauna, massagem encerravam às 17hrs. Na minha opinião, encerravam muito cedo... No quarto tinha um DVD speler, mas eles não tinham nenhum filme pra se emprestar ou alugar!

- O vôo da Arkefly
Até agora a minha experiência com a agência de viagens Arke é boa, a única coisa que estragou foi a Arkefly, a companhia aerea da Arke.

Uma das companhias associadas da Arkefly, que fornecia os aviões, foi pra falência. Moral da história, para dar continuição às viagens, eles alugaram aviões “charters” e boa parte deles são velhos!
Na ida o nosso vôo foi mudado das 5 da manhã pras 10hrs, o que foi avisado com 2 dias de antecedência pela agência (maravilha!), mas quando já estávamos no aeroporto, o vôo teve mais atrazos (quase 3hrs) e só fomos partir quase 13hr da tarde. Tudo por que eles tiveram sééérios problemas com o “catering” do avião e acabamos viajando sem comida & bebida (o vôo durava 3hrs e meia).

Isso sem falar que eu paguei pra ir na “confort class”. Uma classe que oferece um pouco mais de espaço do que a econômica pra que eu pudesse mexer melhor as pernas no medo de ficar com as pernas e pés inchados também em consequência da gravidez. Mas, como os aviões “oficiais” não estão sendo mais usados, nós fomos e voltamos num avião que não oferecia a confort class e numas cadeiras que pareciam mais apertadas do que o normal. E sim, os meus pés incharam como previsto.

Agora que estou de volta, estou cobrando restituição, mas de acordo com a Arke ainda vai levar um tempo até eu receber a diferença de volta da confort class & economic class.
Conclusão: é bem capaz de eu voltar a marcar uma viagem com a agência Arke, mas de Arkefly? Nunca mais!

E sim gente, estou chegando ao fim desse longo post de forma crítica, mas, no final das contas, eu gostei das férias. Foi uma semana de descanso num clima bom, quentinho, mas com uma brisa agradável e suportável e com vista pro mar azul, azul!
Além disso, foi a minha primeira experiência com all-in. Posso dizer que a opção vale à pena, pois vc já sabe exatamente quanto vai gastar. Acho que isso permite vc fazer umas férias “mais baratas” e dentro de um orçamento fixo. Nesse ponto, eu recomendo e talvez eu mesma voltarei a repetir a dose no futuro.
Agora voltar a Rodos? Não, isso não preciso mais... Já ví tudo! ;)

2 comentários:

Anônimo disse...

Gostei das dicas! Eu já fui à Grécia duas vezes, e o que você descreveu vai de encontro ao que já vi em outros lugares. Mas eu estou louquinha por uma praia, então posso incluir Rodos num roteiro futuro. Nunca fiquei em all-in, é boa opção para uma família, mas gosto de provar a culinária local, como você, se bem que a maioria dos restaurantes são adaptados para o paladar norte europeu, se bobear servem frites e frikandel também!!

Anônimo disse...

Adorei as fotos da sua viagem e fiquei muito interessada em conhecer Rodos. Qual hotel que vcs se hospedaram?
Parabéns pelo garotâo que vem ai.
Um abraco
Carol.