domingo, 4 de março de 2012

A Decisão...

Na verdade, tudo acabou se decidindo na sexta-feira à noite. Porém, com o passar dos anos, eu aprendi a seguir o conselho Holandês de ' Slaap er een nachtje over' (durma uma noite) à risca antes de tomar uma decisão definitiva e verificar se a minha opinião continua sendo a mesma no dia seguinte. A resposta foi positiva.

Agora, rufem os tambores! [já que muitos querem saber qual foi a minha decisão final...]

Para surpresa geral da nação, eu digo ao povo que: não fico.

Depois de relativizar muito, eu cheguei a conclusão que o melhor para mim [e para o meu futuro] será ir para a empresa na caixa-prego.

Sim, O vendedor de Carros me ofereceu uma função para ficar. Nesse ponto, tenho que dizer que ele lutou por mim. Com todos os seus blá-blá-blas, eu tenho que dizer que ele fez a parte dele. Sendo que há essas alturas, ele deve estar muito p. da vida comigo, por eu ter rejeitado a proposta dele, mesmo eu tendo agradecido e justificado bem a minha decisão.

A verdade foi que a função que eles me ofereceram não era uma função em que eu seria feliz. Acredito sim, que teria capacidade de fazer, mas seria [de novo] uma função em que eu ficaria no meio de brigas e numa área (BI e informação e reportagens] que não me agrada.

Sem falar que, citando as palavras do gerente com que eu tive uma conversa à respeito da proposta: essa é uma função para se fazer em 2 anos até a 'fábrica de informação e reportagens' ficar pronta. Dai será um processo frequente de lançar updates  como os aplicativos de um smartphone. Ou seja, daqui há 2 anos você terá que procurar uma nova função na empresa. Até mesmo, por que já prevemos uma outra reorganização até lá. E nessa sua função a sua responsabilidade é cuidar dos calendários e prazos de quando um projeto precisa de algo nessa área e de quando nos poderemos oferecer a funcionalidade. Você não estará mais envolvida com o conteúdo ou a arquitetura do assunto.


A única coisa que passou pela minha cabeça foi: fazer apresentações em powerpoint e B-O-R-I-N-G (chato)! Isso para não dizer que eu serviria de mensageira para os clientes das divisões para dizer que eles não teriam a solução para os projetos previstos nos prazos que eles tinham em mente. Puff!


E já estão falando na próxima reorganização! Se nessa a situação ficou insuportável, imaginem uma próxima? E até quando se atura essas mudanças sem fim?

Além disso, já está claro que para sobreviver o próximo facão, quem ficar terá que conseguir uma função agora  que se encaixe nos seguintes quesitos: Ligação direta com os setores, alta visibilidade (bons promotores) e estratégica.

Digo isso por que a área de TI faz parte da cooperativa central da empresa, mas as divisões não querem aceitar nada que vem desta. Então, quem ficar (na cooperativa) tem criar fortes laços com quem os 'clientes' nas divisões, sabendo inclusive, passar adiante dos representantes da TI no próprio divisão. Assim, se a cooperativa se dividir em empresas menores de acordo com os seus setores , quem ficar ainda tenha chances de conseguir uma vaga em alguma divisão.

A Alta visibilidade e bons promotores tem a ver com o 'vriendjespolitiek' (a política de amigos), ou seja,   pessoas de influência que podem garantir uma vaga para você novamente numa futura restruturação. A questão da estratégia é você estar na posição certa para garantir chances de emprego e funções futuras na sua área de interesse.

Basta dizer que a função oferecida não se encaixa em nenhum desses quesitos e por isso, eu muito que provavelmente não sobreviveria o próximo corte.

O grande motivo mesmo pelo qual eu ainda estava me segurando na empresa [como já falei em outros posts mais antigos], é a estabilidade que consegui criar na minha vida pessoal através dos benefícios da empresa. No entanto, eu cheguei a conclusão que, se eu aceitasse a função e fosse infeliz no meu trabalho, isso iria acabar com o tempo afetando a minha vida familiar do mesmo jeito.

Acabou que a minha conclusão foi escolher a função que me faria feliz e tentar negociar com a nova empresa um acordo para que eu conseguisse construir novamente uma estabilidade familiar.
Foram dias negociando salário e benefícios, mas, finalmente, na sexta-feira nós chegamos a um acordo.

E isso quer dizer que começarei em breve um novo desafio!

Enquanto isso, amanhã e depois de amanhã será a vez do meu marido passar por entrevistas na empresa dele... Parece que o capítulo dessa novela não termina nunca!
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PS: Ao meu colega/amigo Mineiro. É, você será o último dos Mohicanos Brasileiros na empresa! Mas, se você precisar de algo, você sabe aonde me encontrar! ;)

5 comentários:

Nadja Kari disse...

Parabéns pela sua decisão, foi a mais acertada no meu ponto de vista também,após você explicar tudo!!! Você vai ver que vai valer a pena mesmo! Sei que foi difícil, mas você serpa mais feliz assim,né? :) E esse é o mais importante!!! :)))

beijos e boa sorte! quando você começa?

Alice disse...

Estava curiosa, mas independente da sua decisão eu fico do seu lado no estilo "stand by me"!

Eliana disse...

Pois é, nesta descrição, se vc ficasse seria só empurrar com a barriga. Eu entendi que vc não estava assim tão empolgada com o novo pelo fato de ficar longe de casa mais tempo do que vc prentendia, mas entendi que era uma oferta bem interessante para vc, profissionalmente falando (era o que eu queria esclarecer rs). Sem dúvida, vc foi disputada até os 45 minutos do segundo tempo rs...legal, pois é uma forma de sentir o reconhecimento. Agora é te desejar boa sorte, pois pelo visto tudo se ajustou e vc vai estar satisfeita nas suas futuras atividades. É isso aí! Felicidades!

Juliette disse...

Fechar um ciclo...iniciar outro. Isto e a vida acontecendo e, tenho certeza, novas historias bem legais acontecerao neste novo ciclo. SUCESSO :)))))

Joaninha Bacana disse...

Parabéns pelo novo cargo!!! E que bom que surgiu essa alternativa, porque passar por tudo isso de novo em dois anos ninguém merece!
Beijocas, Angie