segunda-feira, 14 de junho de 2010

Da série: Lá em casa...

Se existe uma coisa que eu levo muito a sério com relação aos cuidados do filhote é a sua alimentação.
Alimentação é essencial para a saúde e bom desenvolvimento de uma criança.

O desenvolvimento vai muito mais além do que crescimento físico. Vejam bem, (in)felizmente (?) uma criança cresce mesmo comendo porcarias como chips, fritura, chocolate ou capim com coca-cola. Como a criança cresce  fisicamente (de uma forma ou de outra, abaixo do 'normal' ou demais--> entenda-se: obesa), os responsaveis (os pais, mas também creche/escola) continuam na ignorância. Ainda mais, por que eles não sabem/ querem aceitar que a alimentação também atua no desenvolvimento do lado psicológico.

Para fornecer uma alimentação correta ao nosso filho, eu tenho o princípio que a lei deve ser válida para a família como um todo. Lá em casa é assim, se eu e marido termos uma alimentação saudável, automaticamente, meu filho também terá!

Dito isso, eu sempre tenho frutas e verduras frescas e variadas lá em casa. Não compro elas já cortadas, em saquinhos pronto pra usar. Por que, sim, é (bem) prático, mas há tratamentos e/ou substâncias (além das substâncias agronômicas) para mantê-las boas para consumo o máximo de dias possível.

E no cardápio diário, eu sempre sirvo pelo menos uma verdura de acompanhamento da carne ou do peixe, batata ou arroz integral. Com relação ao peixe, eu procuro servir pelo menos 2 vezes por semana. E se eu faço massa (integral) eu sempre adiciono bastante verduras.

Na creche eles dão frutas diariamente e eu exijo que eles dêem pelo menos 1x por dia. E eles fazem isso. Mas, geralmente é a mesma (maça ou pera). Tem pouca variação.

É por que isso que lá em casa eu sempre tenho outras opções como manga, banana, laranja, abacaxi, uva, melão e as frutas da estação como morango, pêssego, cereja... Além disso, volta e meio eu faço uma abacatada (a gordura do abacate é saudável e estimula o cérebro)

O bom é que filhote come de tudo! Adora frutas (principalmente peras e mangas!). E muitas vezes é a sobremesa dele junto com laticínio, como iorgute.

No final das contas, lá em casa eu sempre procuro ter alimentos saudáveis e variados para a família inteira.

Eu levo alimentação tão a sério, que até mesmo quando estou viajando, como agora, eu procuro me encarregar disso e faço cardápios saudáveis que eu posso congelar.

Eu fico crica da vida quando alguém da família oferece besteiras para o meu filho comer tentando agradá-lo como se ele fosse um animal doméstico pronto para dar a pata em troca de um biscoito. Vejam bem, eu não proíbo do filhote comer doce, bolo até mesmo batata frita tipo numa festinha de aniversário (que acontecem frequentemente, ainda mais quando seu filho frequenta uma creche), mas oferecer besteira no termo diário ou toda a vez que o parente ver filhote, vai além da minha aceitação e do marido.

É por isso que lendo os dilemas da Marcita com a mãe dela que confessa orgulhosamente que colocava cremogema ou maizena na mamadeira dela quando ela tinha 1 mês de idade, eu entendo a frustração e a preocupação dela em fornecer uma alimentação boa e regular para o filho, enquanto outros (parentes próximos) desafiam a nosso objetivo de fazer o que é certo.

Eu e marido já tivemos que chamar seriamente a atenção de alguns parentes por causa disso.

Por que não desafiam a mãe no pediatra que cheia de orgulho fala que a filha é 'grande' por que a menina adora tomar leite com leite condensado e chocolate como se isso fosse saudável/bom/correto para oferecer a uma criança com menos de 2 anos? Ou então, por que não chamam a atenção da 'noiva de lilás' que só oferece porcaria para os filhos comerem como chips e coca-cola desde que o menino tinha uns 7 ou 8 meses???!!! O pequeno recusa de comer frutas, verduras e até tomar iorgute. Ela não se atreve mudar o hábito alimentar da criança forçando uma outra alimentação por que o menino tinha problemas de fluxo e toda vez faz um 'show' e ela acaba cedendo que ele coma batata-frita com coca-cola com a desculpa de que 'pelo menos, ele comeu alguma coisa'!

Como diria Alice: Numa casa onde se tem comida, nenhuma criança jamais morreu de fome!
Ou seja, não quer comer a comida (saudável), guarde na geladeira. Quando a fome bater, a criança vai comer! Foi assim que eu fui criada. E funcionou. O que há de errado com isso?!

Dito isso tudo, dizem que nós (eu e marido) estamos fazendo o que é certo, se é assim, então por que eles nos desafiam em vez de apoiar?!
Parece que fazer o que é certo, é ser malvada! Evitar os refrigerantes, exagero de doces e fritura é ser exigente, ruim demais com uma criança.

No entanto, dar uma mal alimentação e depois ficar desapontado que a criança não é forte ou se torna obesa e não assumir a responsabilidade/ a culpa de ser a origem do problema é mais malvado ainda (a longo prazo).

Pena que eles não vêem/pensam assim...

2 comentários:

Daniela Pedrinha disse...

Vc está certíssima! Lembro que meu filho comia de tudo nos primeiros três anos de vida. Sopinhas variadas, os legumes e verduras da época, frutas, massa, carboidratos, feijão, carne branca e vermelha, peixe (isso ele ama até hj) etc. Essas porcarias qdo oferecidas em demasia são nocivas mesmo.

Minha mãe era mestre em fazer essas trocas (pra mim era chantagem) para o neto comer. E isso gerava brigas entre nós, obviamente. O pediatra dele dizia a mesma coisa, se não quer comer comida, não dê outra coisa, qdo a fome bater ele vai comer o que é certo.

Apesar de ter sido mãe cedo, consegui criar bons hábitos alimentares nele, claro que cometi meus excessos devido a desinformação. Mas os bons hábitos duram até hoje (ele acabou de fazer 21 anos), mesmo ele bebendo refri (e cerveja!)e comendo porcarias (ama pizza, hamburger e batata frita), mas tb adora um suco de fruta feito na hora e comidinhas saudáveis.

Outra coisa que sou contra é gente que soca comida na criança à força.. na família paterna isso era frequente e no final era uma briga feia pra não comer quase nada.

Anônimo disse...

Passei e passo pelo mesmo problema. E depois de um relacionamento de quase 11 anos (entre namoro e casamento), a minha primeira e unica discussao com minha sogra foi exatamente sobre a alimentacao de Benjamin. Ela queria que ele comesse a comida servida no casamento da kinha cunhada ano passado. Ele estava com um ano e meio, e o casamento foi uma recepcao pequena, simples, com o "melhor da culinaria holandesa". Levei o almoco, a janta, e as frutas dele dentro de uma bolsa....
Hoje com 2 anos e meio, ele tenta fazer cena de vez em quando, e eu finjo que nao ligo. Eu entendo que ele esta desenvolvendo o paladar dele e as suas preferencias, mas ele tem que comer o que esta na mesa.
Uma amiga me disse que eu tive sorte.... Nao acho! Se desde pequeno ele foi exposto a um estilo de alimentacao saudavel, com muitas frutas e verduras, o conhecimento que ele tem e esse!!! Eu nao sentava na frente dele e comia um pacote de biscoito... Eu comia uma fruta.
Ontem na creche, a sobremesa foi muffin (que ele nunca nem tinha visto na vida dele, porque eu nao compro), e ele nao comeu.... Ele pediu uma maca!

Ps: Eu deixo ele comer biscoito, chocolates, etc.... Mas com muita moderacao. Em casa, eu faco nossos picoles de fruta, com abacate pra ficar bem cremoso, mas se a gente estiver passeando por exemplo, eu nao me importo de comprar um sorvete... Nao sou tao espartana. :)

Lelya