Sobre amamentação...

Daqui à 2 ½ semanas meu filho completa 6 mêses. E aí eu vou parando aos poucos com a amamentação materna.
Eu nem acredito que eu consegui aguentar esse tempo todo...

Verdade é que eu nunca me deixei estressar por esse assunto. Durante a gravidez sempre me perguntavam qual eram os meus planos com relação à amamentação, eu sempre disse que tentaria dar leite materno, mas que eu veria no que ía dar quando chegasse a hora.

E foi assim que eu fui levando. Como eu tinha muita produção de leite, além de dar o peito eu ainda tinha que tirar com a maquininha para não ‘empedrar’. Acabava passando horas nessas atividades, e nem sempre dando o peito dava certo. Às vezes, o filhote estava agitado ou cansado demais e não mamava direito. E como ele perdeu pêso demais nos 10 primeiros dias, nós tentamos de tudo: ‘finger feeding’ , ‘cup feeding’, bico de silicone, peito, mamadeira. Depois das 3 primeiras semanas, cansada de dar peito, usar maquinha, de todas as tentativas, além das hooooras e mais horas nessas atividades e as poucas horas de sono, eu sabia que só iria aguentar o tranco se passasse a ser mais prática, ou seja, só usando a maquinha, podendo assim revezar as noites com o marido e recarregando assim um pouco da energia perdida.
E isso acabou sendo a solução ideal para mim.

E já que estava dando certo, eu fui aos poucos extendendo as metas do tempo. Primeira meta eram as 3 primeiras semanas de amamentação. Para mim, foi a fase mais difícil. Só de pensar nas dores do peito, além das mazelas do pós-parto, ainda me faz sentir cansada...
Depois, passei para a minha segunda meta de 6 semanas e a terceira, de 3 mêses. Essa era na altura de eu voltar à trabalhar. E esse foi o momento que talvez eu mais tenha me preocupado, por que eu não sabia como eu iria combinar com o trabalho, mas até isso acabou indo perfeito e foi a partir daí que eu estabelecí a minha meta final de, pelo menos, 6 meses de amamentação.

Na Holanda somente 25% das mulheres amamentam seu(s) filho(s) até 6 meses. No início, 80% das mulheres começam com a amamentação materna, mas no final do primeiro mês esse número já baixou drasticamente para 54% e 35% até 3º mês.

Sinceramente, eu acho que tudo só deu certo por que eu realmente não me deixei estressar pela questão. Sei que tem muita gente que faz um auê quando o assunto é amamentação materna, mas eu acho que esse estresse todo, essa exigência, só acaba prejudicando as mães.

Todo mundo sabe que leite materno é o melhor para os bebês, tanto que aqui na Holanda é proíbido fabricantes de leite de fórmula fazer propaganda de seus produtos para bebês antes de 6 meses (já repararam isso?). Além de que, em seus produtos eles são obrigados a mencionar que leite materno ainda é o melhor para a criança. Dito isso, com tanta informação presente por aí, a pressão extra sobre o assunto, digamos, a norma de exigência que algumas pessoas (mulheres!) pregam, só faz encher o saco.

Agora que o meu filho está pra fazer 6 mêses nós estamos ao pouco introduzindo outros alimentos como papinha de frutas e “rijstebloempap” (mingau de arroz) na última mamadeira da noite (para ver se ele dorme prolongado à noite). Eu vou diminuíndo aos poucos o esquema (uma vez à cada 7 dias). Não coloquei nenhuma data final para parar. Talvez, nas férias eu continue tirando leite só de noite, não sei, não vou me esquentar, mas pelo menos, na amamentação do meu filho deu tudo certo, mesmo que tenha sido ‘graças’ à maquininha...