Nossa, mais de um ano que eu não escrevo.
Já nem sabia mais como fazer um update to template do blog, por ai vcs tiram!
Mas, eu voltei. Voltei pra ficar. Ou seria pra continuar?...
Minha vida nesses 2 últimos anos foi um
'fast-forward' em experiências e aprendizado. E na verdade, continua sendo.
Vou fazer um resumos dos grandes acontecimentos desde o último ano.
- Em 2013 eu viajei 4x EUA. Todas as vezes para Florida. 3x à trabalho e 1x de férias com a família.
EUA continua sendo meu país favorito para viagens! Vou falar mais disso nos próximos posts já que ano que vem estamos planejando voltar à Florida para férias novamente.
- Nesses 2 últimos anos trabalhei muito. Por mais que meu contrato seja de 36hrs e eu trabalho só meio-dia de casa nas sextas, eu fiz muito mais horas de trabalho semanais e com muitas viagens à trabalho - na média eram 3 semanas de trabalho em que eu ía de segunda à quinta para França e uma semana no escritório. Sextas e os fins de semanas eu estava em casa assumindo a responsabilidade do meu papel de mãe, esposa e filha. Quando eu tinha tempo, a única coisa que eu queria saber fazer era descansar.
- Já no final do ano passado o famoso projeto responsável por todas as minhas viagens começou a ficar instável. Em março desse ano, o projeto foi parado e com ele $40 milhões foram por água abaixo. Uma tristeza depois de tanto esforço. Nos dias seguintes a parada do projeto o trabalho constava somente em mandar gente embora. Dos 89 integrantes do projets, todos os externos foram mandados embora no dia seguinte. O resto, que eram pessoas internas da empresa acabaram pedindo demissão elas mesmas. Entre eles, Darth Vader, o meu gerente direto. CIO Australiano ainda continua por aqui, mas não será por muito tempo como tudo indica... Na verdade, do time inteiro só tem 3 sobreviventes. 2 Analistas e ... eu! E eis a pergunta de todo esse tempo. Por que eu continuo aqui já que o barco tá afundando?.. 2 motivos. Tem um projeto que se for efetivamente lançado, que será uma boa opção para mim em termos de carreira e o gerente dessa área é muito bom. Talvez o único que presta. Pequeno detalhe, ele também vem da Austrália, só que da região da Tasmânia. Apelido:
Diabo da Tasmânia! ;-)
E o outro motivo é pelo lado pessoal. Eu tô comprando tempo ficando na empresa já que as coisas agora estão calmas e sem correrias. Preciso disso para conseguir ajudar a resolver uma outra questão. A questão da minha mãe. Na mesma semana em que o projeto foi parado em março, no dia do niver da minha irmã Kika, nossa mãe teve um derrame cerebral. Ela sobreviveu, graças a minha irmã mais velha que reconheceu todos os sinais e levou-a pra hospital. Tudo foi muito rápido, inclusive o atendimento no hospital, mas minha mãe ficou paralizada todo o lado esquerdo do corpo, até mesmo no rosto. Ela passou uns 10 dias no hospital e foi depois transferida para um centro de rehabilitação onde ela tem fisioterapia para recuperar o que pode e tratamento de ergoterapia para aprender a fazer as coisas com as limitações do que não tem mais recuperação.
Dia 20 de julho fez exatamente 4 meses desde o ocorrido. Atualmente ela anda com o apoio de um andador (rollator ) e tem uma cadeira de rodas quando precisa. A mão esquerda, infelizmente, não deverá se recuperar. Ela consegue mexer um pouco 3 dedos, mas é isso. O rosto já está recuperado e graças à Deus, a memória e a fala não foram afetados.
De acordo com os médicos, a melhor parte da recuperação são os 3 primeiros meses, depois disso há recuperação mas é cada vez mais lenta e menor a recuperação.
Moral da história: ao que tudo indica ela já chegou a um certo limite de recuperação e já querem mandar ela pra casa no mês que vem. E isso está dando muita dor de cabeça e preocupação para nós.
Na casa dela tem 2 lances de escada. O quarto e o banheiro de banho ficam no primeiro andar. Escada é um lance perigoso na situação dela. Ela consegue subir e descer com ajuda. Ela não pode fazer sozinha. Botar uma cadeira-elevador também está difícil e caro e com as expectativas de como será a vida da minha mãe daqui pra frente, uma cadeira dessa seria um investimento de curto prazo. Na verdade, o melhor seria a minha mãe mudar de casa. Claro que ela é teimosa e quer voltar pra casa, mas também não é realista, por que acha que terá uma pessoa (um escravo) do lado dela 24hrs e que ela não vai precisar fazer nada. Isso sem falar que o derrame só fez aumentar mais a depressão que ela estava sofrendo. Essa parte é talvez a mais degastante de todas. Sem falar que volta em meia ela faz sabotagem com o próprio tratamento.
A gente espera arranjar uma solução em breve e as coisas se acertarem. Infelizmente não deveremos conseguir um lugar apropriado (tipo apartamento para idosos) em breve pois tem lista de espera. Ela deverá voltar pra casa e receberá assistência pessoal algumas vezes por dia (pelo menos de manhã e de noite - ajudar a subir e descer escadas e ajudar no banho). Verdade é que com a depressão e de que tudo agora ficou difícil pra ela, é capaz de ela se sentar numa cadeira na frente da tv e ficar lá o dia todo, indo no máximo pra banheiro (terreo) quando precisar. E ai sim que a depressão irá fazer a festa! Por outro lado, há a expectativa que talvez ela voltando pra casa ela aceite melhor que ela tem que mudar de casa para algo mais prático pra ela. Afinal de contas, ela tem 77 anos.
E enquanto isso não se acertar, já que sou eu e as minhas irmãs cuidando dela e resolvendo a situação administrativa, eu não tenho cabeça pra procurar outro emprego ou fazer entrevistas...
Por enquanto, eu estou sendo paga e faço minhas horas diárias de acordo com o contrato e de quebra, ainda trabalho um ou outro dia de casa. Só assim pra balancear o lado pessoal, senão eu acho que enlouqueceria...!