segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Sobre dilemas...

Um dos grandes dilemas da minha vida adulta tem sido combinar as minhas ambições de carreira internacional com a minha vida emocional e privada.

Quando pinta uma oportunidade no trabalho de fazer algo em outro país, principalmente num país que me agrada, eu só falto dar pulinhos de felicidades. Amo viajar, conhecer novas lugares, culturas, socializar com outras pessoas, aprender algo novo. Mesmo que, a oportunidade envolva trabalho pesado e horas extras acima da média da carga horária, eu não me importo. Enquanto para muitos é um sacrifício, para mim é que nem festa de criança. E eu fico entusiasmada com a oportunidade até a véspera da viagem. Por que quando chega a hora de arrumar as malas, o outro lado da faceta vem à tona.

Eu sou uma pessoa de sorte. Pelo menos é assim que eu considero a vantagem de ter a minha família morando por perto. Também nunca tive o lance do relacionamento à distância. Conhecí Amore quando já morava 5 anos na Holanda e desde então, sempre estivemos juntos em todas as paradas.

Com exceção, é claro, dessas viagens à trabalho. E deixa-me dizer uma coisa: o momento da despedida de Amore nessas ocasiões já era difícil, mas agora com o filhote lindodivinoemaravilhoso ficou mais difícil ainda.

E é aí que mora o meu dilema. É saber que não posso ter tudo o que eu quero, ou melhor, como eu quero ao mesmo tempo. É sempre ter que escolher. E não importa a escolha, sempre vai ter um lado difícil, doloroso. É difícil explicar como a minha carreira me traz felicidade e de como ela me faz uma pessoa mais balanceada. É difícil explicar por que eu quero fazer esses trabalhos internacionais, por que isso me ‘completa’ como pessoa, sem me tornar uma pessoa egoísta nos meus relacionamentos amorosos e familiares. É difícil explicar que a maternidade somente não supre todas as minhas necessidades.

Eu amo trabalhar e não me importo de trabalhar pesado. Venho de uma família de pessoas bastante trabalhadoras e esforçadas. Eu não sei ser diferente e para dizer a verdade, eu não quero ser diferente. E sim, do outro lado da mesma reta, à 180 graus, tem a maternidade. Ou melhor, o meu filho, por que maternidade é conceito muito mais abrangente do que eu sinto. E amor pelo filho é muito mais sufocante e viciante do que um amor de outro tipo, como o amoroso. É o tipo de coisa, um relacionamento amoroso pode chegar ao fim. Dói pacas, mas você segue em frente. Já um filho, não. Como mãe você sempre vai amá-lo e você sempre se sentirá responsável por ele. Não importa a idade.

Essa é a primeira vez, desde que filho nasceu, que me distancio dele. Até a véspera eu até que estava bem equilibrada, relativando bem, mas no domingo, na hora da despedida, eu me sentia a pessoa mais miserável do mundo! Por que que eu tenho que ter este lado profissional egoísta? Seria tão mais fácil se eu fosse como as outras que se contentam com um trabalho part-time ou são mães caseiras!

Chorei na hora da despedida e talvez foi bom que filhote estava dormindo, por que se ele sorrisse ou chorasse por mim seria pior ainda! Passei a viagem de trem até o aeroporto tentando desligar meu cerébro do lado emocional. Por momentos eu conseguia, mas muitos outros, principalmente no avião durante fortes turbulências em que dava medo e quase me fez vomitar (e olha que eu tenho estômago forte para movimentos bruscos!), eu estava emocionalmente ruim.

E eu tentava me concentrar na minha lista de relatividades:
- Só são 5 dias! Passam logo! Logo, logo eu terei filhote nos braços e também estarei me sentindo profissionalmente feliz pelo que fiz...
- Filhote vai crescer e mais cedo ou mais tarde, ele vai seguir o seu caminho. Não posso criar uma vida dependente dele...
- Minha irmã Kika conseguiu passar 3 semanas longe do filhote e do marido dela quando mamãe estava hospitalizada em Belém. Se ela conseguiu passar e superar isso na pior fase de nossas vidas com a doença inesperada da mamãe, com certeza, eu consigo superar 5 dias longe de filhote!...

E vejam bem, eu fazia idéia o quanto doía para a minha irmã estar longe do filho e ainda tendo sérios riscos de perder a mamãe. E como isso aconteceu em maio (2007), foi justamente na época do Dia das Mães. Eu me lembro que dei um perfume da Boticário de presente para as minhas duas irmãs pelo dia, mas a minha irmã mais velha estava lá com o marido e os dois filhos, [eu estava com Amore] e minha irmã Kika estava sozinha. Quando eu dei o presente pra ela, ela caíu nos meus braços e chorou convulsivamente por uns 10, 15 minutos. Acho que foi um dos presentes mais simples que dei para alguém na minha vida, mas foi um dos mais apreciados que já dei até hoje.

Hoje eu sei, uma dízima, do que ela sentiu. E te digo, não é fácil! Mas ela conseguiu. E se ela conseguiu, eu também consigo.

Hoje, estando com a cabeça ocupada no trabalho, eu estou emocionalmente balanceada de novo. Já troquei mensagens com marido, já liguei para casa e escutei a voz do filhote. E logo, logo, nós teremos o momento de reencontro. E esse sim, é um dos melhores momentos de felicidade que alguém pode experienciar na vida...

sábado, 28 de novembro de 2009

Maternidade...

É um teste de paciência, psicologia relativa e muitas emoções... Filho faz isso com a gente.

Do outro lado, também tem muita gente querendo ajudar, mas quando se dá 'palpites', recomendações, conselhos, avisos e sermões demais acaba indo pro lado avesso. Precisa-se de bom-senso.

É gente que não tem filho ter PhD (phod@) no assunto vir te dar lição de moral. Uma coisa é ter opinião, outra é achar que você sabe melhor e querer impôr sobre os outros. Cansa.

Mas, é isso, é sábado de manhã, noite mal dormida, chuva e frio nas terras baixas e muita coisa pra fazer.

Dizem que mal-humor passa. Pena que Paracetomol não serve para isso...

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Detalhes...

Minha vó sempre dizia que 'Quem vive ocupada, não tem tempo pra fofocar'. Talvez seja por isso que ande sem novidades...

Ontem e hoje eu conseguí organizar a minha agenda no trabalho para ficar em casa e compensar os dias de 'mama-dag' que eu enforquei essas semanas para dar o treinamento. O bom que, na paz de casa, eu conseguí terminar os pendegues do trabalho, responder uns telefonemas e de quebra fazer algumas coisas em casa que há muito queria/precisava fazer.

Para começar, ontem eu fiz as 2 primeiras camadas do bolo de 3 camadas do batizado do filhote que será no outro fim de semana. Já congelei as duas camadas e a 3a camada, que será o bolo do topo, eu farei na véspera do batizado. Com isso adiantado, eu poupei bastante trabalho de véspera, levando em consideração que eu mal terei voltado do USA e por isso deverei estar com um mega-jetlag.

E hoje virou 'familie-dag'. Marido e filhote também estão em casa. Mesmo com Amore trabalhando até meio-dia, temos mais tempo para nós. Vou aproveitar hoje e fazer a comida de filhote e congelar. Assim Amore terá uma preocupação à menos semana que vem, caso ele não tenha vontade ou esteja cansado para cozinhar. Também tenho outras tarefas de Amélia (como lavar roupa...) para fazer, mas terei mais tempo para curtir filhote antes da minha viagem no domingo.

Já notaram como a minha vida anda, né?! É tudo um monte de planejamento e coisa pra fazer. Novidades e mega-notícias, necas!... [mas, talvez seja melhor assim!]

Fui! Bom finde!

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Cumprimento do dia...

"Você é uma pessoa positiva até mesmo quando está doente"...

Com toda a loucura que aconteceu ultimamente, essa pequena frase me salvou o dia!

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Diferença cultural

A colega Americana do projeto de reorganização que indicou fortemente para que eu fosse semana que vem na filial Americana dar o treinamento lá, me convidou para jantar fora junto com a filha dela quando estiver in 'town'.

Não que a gente tenha se tornado grandes amigas. Na verdade, estamos trabalhando no mesmo projeto, mas não existe razão nenhuma dela 'gastar' seu valoroso tempo privado comigo me levando para jantar e muito menos para conhecer a família dela.

Não sei se é por que eu já moro há bastante tempo aqui na Holanda, mas eu não estou (mais) acostumada com esse tipo de convite e talvez, por isso, eu me surpreenda. Na verdade, acho uma honra receber um convite desses, por que eu foi feito com sinceridade e não por obrigação & educação.

E isso me faz pensar sobre outra coisa. Muitos Holandeses falam mal dos Americanos e eu não entendo o porquê. Eu, pessoalmente, tenho ótima experiência com os Americanos e um dos meus países preferidos para viagens e férias, com certeza, é o EUA.

Ah... E só de pensar que domingo eu estarei lá, eu já começo a sonhar com a 'Bloomin' onion'.


Hummmmmmmmmm!!!

De tudo e mais um pouco...

Filhote se recuperou da gripe Mexicana. Volta e meia ainda tem um ataque de tosse, mas na regra geral, ele está bem de novo e voltou hoje para a creche.

Hoje também começaram a vacinação da gripe Mexicana na nossa região. Filho recebeu o 'convite', mas estou com receio que agora que ele está quase 100%, que com a vacina ele volte a piorar. E eu não consigo pensar em tê-lo doente de novo com viagem marcada para o próximo domingo.

Amore e eu estamos cansados. Eu ando baqueada com a saúde e estou precisando seriamente de descanso. Fico pensando que daqui mais algumas semanas, no Natal, eu terei 2 semanas de férias.

Enquanto isso, semana que vem estarei nas vizinhanças de Boston por uns dias à trabalho. Vantagem, talvez, é que poderei ter umas noites de sono sem interrupções. E por causa disso, eu ando um pouco com a consciência pesada por que Amore ficará sozinho para cuidar de filhote, levar para a creche, buscar, fazer o jantar, dar banho, brincar... e ainda levantar 3x por noite. Se já é pesado dividir as tarefas entre nós dois, imagina um só tendo que tomar conta de tudo sozinho?...

E no trabalho, o negócio anda puxado! Mas, o pior é que eu gosto. Eu devo ter um lado masoquista trabalhista em mim. Eu sofro, mas sou feliz...

sábado, 21 de novembro de 2009

Quase lá!...

A recuperação de filhote tem sido bastante rápida para a nossa felicidade!

Já fazem 48 horas que ele está sem febre e não toma mais paracetomol. E hoje pela manhã, ele voltou a comer pela primeira vez desde que ele ficou doente. Filhote, Holandês nato, é louco por pão! No café da manhã ele comeu quase uma fatia inteira e já voltou a distribuir sorrisos para os gatos e para nós.

No final das contas, o susto foi maior que a gripe.
O preço da paz de espírito em saber que filhote é um menino forte e saudável é inpagável!

Meanwhile, por que eu não posso deixar passar em branco. Benza Deus pelo marido e ótimo pai que Amore é! Impossível não expressar minha gratidão por/a ele!...

E a todas as torcidas e rezas positivas dos leitores, também valeu! Obrigada pelo carinho!
bjs!

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Update 2

Filhote já demonstra melhoras. Apesar de ainda não querer comer e só tomar a mamadeira aos poucos, pelo menos, nas últimas 24 hrs ele não vomitou mais.
A febre continua sobre controle e o resto é ficar de olho.

No fim, não passa de uma famosa gripe forte, mas muito sensacionalista da mídia.
Olhando o lado positivo da situação, pelo menos agora eu tenho certeza que filho já pegou e quando se recuperar, será uma preocupação e incerteza a menos!...

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Que dia!...

Filhote, que tinha se recuperado 2 dias da gripe, adoeceu de novo ontem. Passou a madrugada na nossa cama vomitando, chorando, tentando dormir... Foi uma das piores noites que tivemos. Não deu pra pregar os olhos.

Amore ficou em casa com o filho, já que eu passei o dia dando treinamento. De manhã eu liguei pra casa e filhote estava com 39,9 graus de febre!
Disse que ligaria mais tarde para saber como ía e guess what, a vodafone, servidor do telefone teve tiuti na rede e até agora de noite não tinha voltado ao normal... Liguei através de outro servidor pra casa e p/ o celular de Amore e ninguém atendia. Dá pra imaginar a minha agonia?

À caminho de casa algo me dizia que não encontraria nem marido, nem filho em casa. Meu medo se tornou a realidade quando, já na esquina de casa, eu ví a escuridão dentro da nossa casa. Imaginem os cenários que passam pela cabeça quando você não está a par da gravidade da situação?!

Sorte foi que a minha agonia foi de pouca duração, pois logo atrás chegou a minha irmã mais velha (a enfermeira) e que foi junto com marido e filhote para o hospital hoje de tarde, lá pelas 15hrs para só chegar às 19hrs em casa. Isso depois que o médico de casa já tinha vindo bater o ponto aqui em casa. Mas como filhote estava com 40 graus de febre continua e na Holanda a pandemia da gripe mexicana pegou, ele mesmo aconselhou o pronto socorro.

Filhote fez uma série de exames, incl. raio x do pulmão e não há nada de errado além da super-febre. Amanhã os resultados, entre eles o exame de sangue e se é ou não a gripe H1N1, vão sair e vão nos ligar. Enquanto isso filhote deverá tomar durante uns 3 ou 4 dias paracetomol [supositório] para controlar a febre.
Algo me diz que as noites ainda serão claras nos próximos dias! Veremos!...

terça-feira, 17 de novembro de 2009

A ginástica do trabalho & maternidade...

Quarta-feira, como muitos já sabem, é o meu 'mama-dag'. Dia que trabalho meio período de casa e a outra metade é 'ouderschapsverlof' [licença de pais] - horas não pagas, mas que tenho direito [por lei] e que tiro com prazer para, durante algumas horas extras na semana, eu possa curtir o meu filho.

Nessa semana, semana que vem e na outra, o meu mama-dag foi, digamos assim, assassinado por causa do projeto da reorganização na empresa. O gerente do projeto não levou o meu 'dia' em conta e eu estou tendo que me virar com o planejamento familiar.

Amanhã o marido vai trabalhar de casa cuidando do filhote, enquanto eu vou amanhã dar treinamento. Na semana que vem eu ainda não sei como vai ser, e na outra semana eu deverei estar em Boston.

Eu poderia ter batido o pé, dizer que eu não podia, mas eu estaria pondo em risco o meu trabalho e a minha carreira. Seria dar um tiro no pé no trabalho numa época difícil. E aí só resta a possibilidade de resolver o esquema em casa. E sim, vai dar certo. Meu marido e eu somos um time, por mais que vá ficar pesado para ele quando eu passar a semana fora, por que levantar várias vêzes à noite e noites seguidas por causa do filhote é de acabar com a bateria de qualquer um.
E ainda tem os cuidados diários de levar pra creche, buscar, dar banho, fazer jantar e ainda trabalhar normalmente diariamente...

É nessas horas que eu digo que na Holanda maternidade e carreira ficam difícil, por que na maioria das creches não dá para você de repente colocar o filho um dia extra para quebrar o seu galho naquela semana. Também não tem 'condução'(busão) para buscar e levar ou uma infrastrutura melhor para ajudar os pais. Céus, já é difícil conseguir uma vaga numa creche, imagina ainda pedir flexibilidade?

E vejam bem, não estou reclamando da creche em sí, por que diga-se de passagem, eu gosto da creche que filhote e meus sobrinhos vão [é a mesma]. E eu já ví que o trabalho deles é uma loucura e eu, de fato, não gostaria de estar no lugar deles! Eu também não sei se posso dizer que creche na Holanda é cara, por que se você parar para pensar, 6€ por hora, incluíndo comida, fraldas, horas de serviço de 2 'tias' mais me parece um serviço mal-pago do que caro! No entanto, no final do mês a conta de 740€ por 3 dias por semana na creche é algo que eu acho bem salgado! E sim, você recebe parte dessa quantia de volta através do imposto de renda, mas olhando o sacrifício que é combinar trabalho, casa, e família, você realmente se questiona se vale à pena e a troco de quê você está fazendo tudo isso!...

O que eu estou me dando conta agora é:
- Como eu já me acostumei 'folgar' metade de um dia na semana para ficar com o filhote. E como essa folga é boa para mim mesma!
- Como é difícil ser flexível em planejamento depois que se tem filho!
- Como é difícil ainda (man)ter a carreira depois que se tem filho sem deixar os gerentes exigirem demais ou esquecer de você de vez!
- Como o governo Holandês tem a cara e a coragem de 'querer que as mães vão trabalhar mais', mas não oferecerem boa estrutura para sustentar isso!...

Sério, não é fácil!

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Das coisas que já fiz...

Acho que foi no meu sétimo verão na Holanda que eu trabalhei numa 'fábrica' (uma fazenda moderna) limpando vagem.

Os caminhões chegavam e numa máquina gigantesca a vagem rolava na esteira ao encontro 'das nossas mãos' para limpar, lavar ou tirar o lixo entre a verdura.
O dia de trabalho começava de manhã até final da tarde, em pé, ao lado da esteira, não me lembro se usávamos luvas, mas eu me lembro da água gelada, ge-la-da!, o dia inteiro e o dia inteiro em pé. Haja pernas para um trabalho desses!...

Volta e meia, entre pedras, terra, plástico, lata, a gente encontrava também sapos de todos os tamanhos. Uma vez a gente encontrou um coelhinho pequeno, filhote, todo molhado da água gelada e todo encolhidinho. Não sei como ele escapou ou sobreviveu as máquinas, ou a aventura completa, mas eu fiquei morrendo de pena do bichinho, enquanto os outros faziam caretas enojados, eu queria salvá-lo, acalentá-lo, por que o meu coração é pequeno [ou seria, enorme?] quando se trata de animais. Mas, eu não sei que fim [ou começo] ele teve...

Uma vez, também lá, eu fui quase atropelada por um trator do filho do dono. Foi uma confusão, mas nada de mal aconteceu. A mentalidade dos donos era 'hard work, no bullsh*t'. Se alguém chegasse atrazado ou reclamava de algo, eles mandavam embora na mesma hora, nem olhavam pra cara da pessoa. Nem se ela suplicasse para não ser demetida. Eu ví isso acontecer uma vez com uma menina. Não foi legal.

Eu fiz esse trabalho durante as minhas férias. Umas 3 ou 4 semanas.

Durante muitos anos, todas às vezes que eu comprava vagem eu me lembrava daquele emprego. Foi mais um trabalho que me ajudou a pagar os meus estudos, mas eu tenho certeza que muitos dos meus amigos, conhecidos, ex-colegas de turma no Brasil nunca me imaginaram fazendo esse tipo de trabalho. Não [somente] pela vida que eu levava no Brasil, sendo aluna nr 1 da turma, com bolsa de estudo gratuíta, dando aula para colegas de turma e morando numa mega-casa com piscina, mas também, por que nunca, nem ninguém no Brasil imagina alguém (v)indo pra Holanda e parar num trabalho de horta, que venhamos e convenhamos, fica longe de ser uma vida glamourosa que eles associam com uma vida no exterior...

Mikei!

Sabe quando uma música, mesmo quando não se sabe a letra, não saí da cabeça e você fica naquele 'mmmmmmm', lálálá,... like this, like this... o dia inteiro? E para completar, numa batida com gostinho de anos 80 saudosos??!....

Pois é!...

http://www.youtube.com/watch?v=sknDfB3pJB8

Amei, viciei, mikei de vez!

Sobre experiência...

"Experiência é aquilo que se consegue quando não alcançamos o que almejamos"...

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Um dia daqueles...

Ontem o dia foi barra no trabalho. Escalações, preocupações, estresse, também alguns elogios, mas juntando tudo, e ainda não estando 100% recuperada, o dia foi pesado.

De vez eu trabalhar só de manhã e vir de tarde para casa para descansar como planejado, eu acabei sendo uma das últimas a sair da empresa e cheguei em casa passando das 20hrs. Cheguei em casa e filhote já estava na cama. Fui ao seu quarto e quando o ví dormir tão profundamente, parece que meu coração tomou conta de mim. Mesmo cansada, estressada e me sentindo fraca, filhote é uma fonte de energia sem fim para mim e o fato de eu não ter tido tempo para ele e não tê-lo curtido ontem, foi a gota que me fez transbordar... Sentí falta do seu sorriso, do seu olhar, do seu blá,blá,blá. Me sentí culpada.

Céus, como é difícil querer fazer tudo e tomar conta de tudo! Como é difícil não se esquecer de mim mesma...

Mas, hoje eu já estou bem [de espírito] e estou em casa com ele. Aproveitando o que eu não aproveitei ontem.





Fui! Bom finde à todos!

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Na corrida...

Ainda não estou totalmente recuperada, mas tive que voltar para o trabalho.
Estou envolvida num dos projetos relacionado a nova reorganização e com os prazos de entrega tão rígidos e próximos que não rola ficar na cama.

E essa nova reorganização na empresa está pegando fogo. Os planos, não comunicados ao público, foram barrados pelos conselhos dos trabalhadores. Ao que tudo indica vão rolar cabeças, por que se não rola cabeça e existe garantia de trabalho, dificilmente o conselho faz tanta objeção.

E dessa vez a reorganização afeta diretamente o meu trabalho. Eu não sei se terei a minha função 'daqui à pouco', mas também não acredito que a minha cabeça vá rolar. Desde a minha volta da licença à maternidade eu tenho feito projetos fora da minha área e função e tenho me sobresaído muito bem e acredito que, no pior dos casos, eu ganho outra posição dentro da empresa.

E esse projeto que eu estou fazendo abriu novas portas e oportunidades para mim. Conhecí uma manda-chuva da filial Americana e que exigiu dos gerentes para que eu seja a pessoa a ir no escritório deles ensinar 'a nova maneira de trabalhar' a eles.

E agora é isso, ao que tudo indica, na primeira semana de dezembro eu estarei indo rumo à Boston & vizinhança. Minha vida está uma bagunça e a viagem inesperada cai justamente no meio dos últimos preparativos para o batizado de filhote. Vai ser uma confusão, uma logística infernal, um cansaço descomunal, preocupação em casa, filho e trabalho... Mas, sabem como é, como eu sou mulher [e tenho um marido participante], eu vou dar conta do recado...
*
*
Eu tenho que dar!...

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

A melhor 'Lecture' ever...

Eu ví uma vez e terminei completamente emocionada. Rí, chorei e só não batí palmas em pé, por que não foi 'ao vivo'.

'The Last Lecture' virou até livro. Na minha opinião não deveria ser chamado "A Última Aula", mas a "Melhor Aula EVER"!.

A apresentação é Inglês e se você entende, eu garanto que quando você começa, você não consegue mais parar até o final!



E pulem se for ao caso para 1h 8min!..

E quem quiser a versão curta (10min)


Randy Pausch - 23-10-1960 - 25-07-2008

A moral da história...

A questão do "Você responde... parte 1 e 2" é a seguinte.

Num outro blog a blogueira expôs a foto da Grace J. com o tal comentário e um bando de gente (anônima!) apontou o dedo chamando de discriminação. Mas, se você comparar, a observação da Nicole é do mesmo grau e estilo que a da Grace J. e por isso, se alguém acha que a observação é perjorativa ou racista, as 'acusações' não deveriam ser diferentes entre as duas fotos.

Mas, vejam bem, no quesito dos comentários das fotos, não há discriminação em questão. É sim, um fato também na minha opinião.

Também não acho que haja preconceito quando alguém diz por exemplo que uma roupa, seja essa biquini ou um vestido, da cor amarela realça mais a beleza da mulher negra do que de uma mulher branca. Por que se eu olhar para mim mesma, que diversas vêzes na minha infância recebí apelidos de vela, osga à branca-de-neve, se eu visto uma roupa amarela fico com cara de ovo cozido. Amarelo no meio e branco nas extremidades. Simplesmente horrível! E isso é um fato [meu], não é discriminação.

Seria sim, um caso de discriminação ou racismo, se o 'designer' proibíssem a Grace J. de usar uma roupa dele da cor preta (por causa da cor da pele dela). Aí sim, estamos falando do racismo histórico que ainda existe, infelizmente.

Concordo que racismo e a discriminação em consequência do mesmo é algo grave, mas também sou da opinião que não devemos confundir as coisas.

E isso, meus caros e caras, era o único objetivo dos dois posts.
Só isso e nada mais!

Fui!

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Você responde... 2a parte



Se alguém disser que 'você não consegue ver as linhas do biquini preto de Grace Jones'. Isso é:

a) um(a) comentário/opinião
b) é um fato
c) é discrimação/preconceito

Respondam aí!...

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

SOS L'oreal!

Sabem o que eu acho impressionante nos programas da televisão Holandesa?

São os apresentadores!

As apresentadoras, por obrigação de serem mulheres ou pela sociedade, tem que sempre estar bem vestidas, arrumadinhas, com o último penteado da moda. Mas, os homens, peloamordiZeus!, é um mais jeca-tatu que o outro! Parecem que nunca viram um pente, escova, espelho ou então um cabelereiro.

Só para terem idéia, deêm só uma olhada nos cabelóns de algumas dessas criaturas...

Robert Ten Brink

Robert Ten Brink é um dos apresentadores mais carismáticos da tv Holandesa, mas quase sempre o cabelón dele tem vida própria na tela...

Tom Egberts



Tom Egbers é apresentador e comentarista de esporte. Sempre, mas sempre, seja no campo ou no estúdio, parece que ele levou um choque elétrico.

Matthijs van Nieuwkerk






Matthijs é considerado o melhor apresentador Holandês pelo seu programa De Wereld Draait Door, mas o cara fala tão rápido que até Holandês reclama. Parece que a Verdonkie queria colocar um quesito do teste de Inburgering que só 'passa quem consegue seguir o Matthijs falar', senão esquece!

E sim, o programa dele é bom, mas gente, repararam o cabelo baba-de-vaca dele? O seu Cocada da 'Praça é Nossa' era que ficaria com inveja. Lembram dele?


Jeroen Pauw


O sobrenome do Jeroen já explica tudo; Jeroen Pavão! Despena, omi, despena!

Ivo Niehe



Okei, Ivo Niehe é um excelente entrevistador! Seu programa (de entrevistas tipo Jô Soares) causa inveja em muito apresentadorzinho mixuruca por aí, mas Ivoooo, você perdeu uma grande oportunidade de mostrar-se maduro e assumir a calvice! Essa velha idéia de deixar o cabelo crescer de uma lado e grudar com gel até a outra orelha é medonha! E fala sério, você acha que consegue enganar alguém com esse truque?! Só a você mesmo!...


E aí? Con-corda ou sem-corda que se a L'oreal for esperta, ela tem uma mega-oportunidade de mercado masculino aqui Holanda??!